sábado, 26 de março de 2011

Trote Universitário da Turma de 2011


Ontem, sexta-feira, 25 de março ocorreu o trote dos novos estudantes de nutrição da UFS. Com o mero pretexto de dar um comunicado sobre a calourada falarei sobre isto depois, os veteranos invadiram a sala com apitos, tinas e barbantes.



Depois de deixar os calouros devidamente coloridos e amarrados, os mesmos tiveram a maravilhosa experiência de andar pelos corredores da universidade cantando a musica preferida de nosso curso (Pêra, uva, maçã, salada mista, diz o que você quer... Quero ser nutricionista), contudo a vida não é assim tão fácil, para que catassem com vigor, nada como farinha de trigo, colorau, café, espuma de carnaval e água para fazer surgir a animação necessária.





Após esse longo passeio vergonhoso, houve uma parada no gramado em frente à lanchonete do DCE (diretório central dos estudantes), onde chamamos os homens do curso raridades para o centro, a fim de que nos mostrassem toda sua habilidade com os Hits do carnaval. O esforço não foi em vão, o melhor e o pior dançarino na opinião da própria turma foram premiados com troféus importantíssimos, o troféu Abacaxi e o troféu Chuchu!




As meninas não foram deixadas de lado em momento algum, algumas foram levadas para o centro da roda e dançaram as mesmas músicas, porem apenas a vencedora foi premiada com o troféu Banana.





Apesar de alguns imprevistos tudo saiu como esperávamos, ou não!



Beijos
Izadora Gois

quarta-feira, 23 de março de 2011

Recepção dos Calouros 2011

Para não perder o costume, o CANUT e a turma de nutrição 2010 marcaram presença no dia da matrícula dos calouros do ano de 2011.





Em meio à euforia, confetes e apitos, os novos estudantes da UFS foram devidamente apresentados à alegria da turma de 2010 e aos membros do CANUT.

Para não deixar a ocasião passar em branco, além de muitas tintas coloridas, o CANUT preparou Marcadores de Páginas personalizados para cada calouro. E eles foram coagidos por seus veteranos a abrirem a mão e dar dinheiro pra contribuir com a calourada deste ano! (que foi adiada para o fim de semana seguite - na foto a data está errada!)





Beijos, Izadora Gois

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

IV-ENCONTRO SERGIPANO DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO


Vem aí o IV-ENSEAN, que acontecerá na Universidade federal de Sergipe entre os dias 26/04 e 29/04 de 2011, com o tema "Benefícios e Complicações das Escolhas Alimentares" que abrangerá assuntos desde a área de Nutrição quanto de Alimentação.

As inscrições vocês podem fazer através do site: https://sites.google.com/site/enseanufs/inscricao . É fácil e prático, não tem erro, mas é bom que os interessados leiam atentamente todo o regulamento. 


Para aqueles estudantes graduandos e pós-graduando que queiram apresentar seus trabalhos, o link das incrições dos trabalhos está aqui: https://sites.google.com/site/enseanufs/submissao-de-trabalhos . Dessa forma, vocês podem contribuir com a sociedade acadêmica divulgando e discutindo seus achados científicos.


OBS: Lembrando que para apresentar algum trabalho é obrigatório está inscrito no evento, vejam o regulamento e leiam atentamente.

Adianto aqui a programação para vocês: 

PROGRAMAÇÃO PREVISTA PARA O EVENTO

Dia: 26/04
 Abertura – Noite
18h00
Entrega de material
-
19h30
Estresse Oxidativo e Risco Cardiovascular: Prevenção e Tratamento
Profa. Dra. Kiriaque Barra Ferreira Barbosa - UFS
20h15
A Imunonutriçao na prática clínica
Nutr. Márcia A. Souza Tomé - HUSE
21h00
Coquetel de Abertura
-

Dia: 27/04
 Manhã
08h00
I MINICURSO - Cuidados nutricionais na obesidade e síndrome metabólica
Profa. Dra. Josefina Bressan - Universidade Federal de Viçosa -UFV/MG
12h05
Pausa para Almoço
-
Tarde
14h00
II MINICURSO (Tema a definir)
Profa. Dra. Regina Mara Fisberg - Universidade São Paulo - USP/SP

Dia 28/04
Manhã
08h00
Terapia Nutricional em Pacientes Críticos
Nutr. Hugo Xavier Santos - UNIT
08h45
Obesidade e marcadores inflamatórios
Profa. Dra. Josefina Bressan - Universidade Federal de Viçosa - UFV/MG
09h30
Coffee Break
-
09h50
Avaliação e Intervenção Nutricional no Pré e pós-operatório da Cirurgia Bariátrica
Profa. Msc. Márcia Ferreira Candido – HU/UFS
10h35
Palestra (Tema a definir)
Profa. Dra. Regina Mara Fisberg - Universidade São Paulo-SP
11h20
Exposição de Pôsteres
-
12h00
Pausa para o Almoço
-
Tarde
14h00
Apresentações de trabalhos orais
-

29/04
Manhã
08h00
Estado Nutricional Pré-Operatório na Evolução Clínica do Paciente Obeso Submetido à Cirurgia Cardíaca
Nutr. Juliana Teixeira – CENUTRI/SE
08h45
Tema a definir
Prof. Dr. Anderson Carlos Marçal - UFS
09h30
Coffee Break
-
09h50
Tema a definir
Profa. Dra. Danielle Góes da Silva - UFS
10h35
Avaliação Nutricional em Anemia Falciforme
Profa. Msc. Marta M. G. Sousa Magalhães - FASE
11h20
Exposição de Pôsteres
                      -
12h00
Pausa para Almoço
-
Tarde
14h00
Orientação de Esportistas em Consultórios e Academias  ou Nutrição Esportiva: Teoria e Prática do Atendimento e Orientação Nutricional
Profa. Dra. Raquel Simões M. Netto - UFS
14h45
CLAs - Ácidos Graxos Conjugados Linoléico e Linolênico e sua Importância Nutricional
Profa. Dra. Elma R. S. Andrade Wartha - UFS
15h30
Intervalo
-
15h50
Biofortificação de Alimentos: A experiência de Sergipe
Dr. Fernando Fleury Curado – EMBRAPA/Tabuleiros Costeiros
16h35
Boas Práticas no Controle de Qualidade dos Alimentos: Onde Estamos?
Profa. Msc. Flávia Milagres Campos - UFS
17h20
Premiações e Homenagens
-
18h00
Encerramento
-
 OBS: Programação sujeita a alterações.


 Valores dos pacotes:

Modalidade
Evento
Evento + 1 Mini-curso
Evento + 2 Mini-cursos
Profissional
50,00
80,00
100,00
Discentes de pós-graduação
30,00
55,00
70,00
Discentes de graduação
20,00
40,00
50,00


Espero que participem, será uma grande oportunidade de aprendizado.


Att,


Coordenação do Centro Acadêmico de Nutrição - CANUT
Comissão organizadora do IV-ENSEAN 


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011


Olá!
Esse é o seu, o meu e o nosso blogger, formado pelo Centro Acadêmico para divulgar e receber informações sobre eventos realizados pela atual gestão e ou outros temas que venham a ser desenvolvidos. Um dos canais de comunicação entre discentes, centro e núcleo de professores.
O CANUT é composto por:  
- Diretoria Executiva:
  • Coordenação Geral; Lucas Ricardo dos Santos 
  • Vice-Coordenador; Nayane Santiago 
  • 1º Secretária(o); Jéssica Maria Dantas 
  • 2º Secretária(o); Lucas Andrade
  • Diretoria de Comunicação; Larissa Costa Pereira 
  • 1º Tesoureiro(a); Winne Correa Fontes 
  • 2º Tesoureiro(a); Glícia Thamires 
  • 1º Representante Discente; Natassya S. S. Ferreira 
  • 2º Representante Discente; Fabiana Melo Soares  
  • Coordenação de Articulação Política; Vanessa Gonçalves  
  • Coordenação de Cultura e Extensão: Raíssa Taynara Couto Lima 
  • Diretoria de Formação Profissional: José Thiago
- Conselho Representante de Turma – CORETUR: É Formado por dois estudantes por turma escolhido pela própria turma;

- Núcleo de Apoio ao Centro Acadêmico - NACA: É formado por um grupo de estudantes que queiram participar das atividades desenvolvidas do CA como apoio;

- Estudantes: São todos os estudantes do curso de Nutrição devidamente matriculados na UFS;


Dessa forma está composta a atual gestão do Centro Acâdemico de Nutrição,  todos se empenham em fazer o melhor para si e para o curso e como estão vendo não é preciso ser membro da diretoria para fazer parte do CANUT. Sendo assim, vamos fazer um curso forte, para que sejamos bem preparados para o mercado de trabalho, onde "só os fortes sobrevivem".  Precisando, estaremos aqui para ajudar sempre.

Contato:
canut_ufs@yahoo.com  


Att, Coordenação Geral.


 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

SIMPÓSIO-PESPECTIVAS EM NUTRIÇÃO NA ERA PÓS-GENOMA

De 22 a 23 de Outubro, será realizado em Aracaju/SE no Radisson Hotel (Rua Eng° jorge Oliveira Neto,30 Atalaia), o Simpósio - Perspectivas em Nutrição na era Pós-Genoma. Realizado pela SBAN (Sociedade Brasileira de Alimentação em Nutrição), em parceria com o Núcleo de Nutrição da Universidade Federal de Sergipe (NUNUT-UFS).

 
 As inscrições poderão ser feitas pelo site da SBAN (www.sban.com.br) ou direto no link com instruções para inscrição: http://www.sban.com.br/noticias/simposio.pdf.

Programação: 


Temos a expectativa de ser um grande evento, garantam logo sua inscrição e participem. Contamos com a presença de excelentes profissionais da USP e Univ. Católica de Santos, que tratarão dos respectivos temas numa linguagem técnico-cientifíca, porém de compreensão acessível. Além, da presença da Profa. Dr. Raquel Simões Mendes Netto representando o Núcleo de Nutrição da Universidade Federal de Sergipe.  Sejam vocês profissionais ou alunos participem desse grande evento.


Mas, o que quer dizer tudo isso: perspectivas em nutrição na era pós-genoma? 

O simpósio vai tratar da Nutrigenômica, uma ciência nova que trata da interação gene-nutriente presentes na nossa alimentação. Para mais informações, segue abaixo um artigo que fala justamente disso, vejam.

 
Thomas Prates Ong
Prof. Dr. do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN)
Marcelo Macedo Rogero
Prof. Dr. do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP, coordenador da Comissão de Cursos da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN)
Alimentação Baseada no DNA
A conclusão do Projeto Genoma Humano em 2003 representa uma das principais conquistas científicas dessa era. O conhecimento das nossas características genéticas traz nova perspectiva para redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Considerando-se que o desenvolvimento de doenças como as cardiovasculares, diabetes e obesidade envolve componentes tanto genéticos como ambientais, grande ênfase tem sido dada atualmente à elucidação da interação gene-fatores ambientais(1).
Nutrigenômica representa disciplina “ômica” de vertente nutricional, que tem como foco elucidar a interação gene-nutriente. Essa ocorre de duas formas complementares: nutrientes e compostos bioativos dos alimentos (CBAs) modulam o funcionamento do genoma e, da mesma forma, características do genoma influenciam a resposta à alimentação, necessidade de nutrientes e risco para DCNT. Vislumbra-se que a elucidação dessa interação bidirecional entre a alimentação e o genoma possibilitará o estabelecimento de recomendações nutricionais personalizadas, baseadas no DNA, para se promover a saúde(2).
Processos como metabolismo, inflamação e estresse oxidativo envolvem atuação de diferentes proteínas, que incluem enzimas, hormônios, receptores, citocinas e transportadores. Sua produção acontece por meio de processo denominado expressão gênica. Essa ocorre em duas etapas fundamentais: transcrição, em que a partir da sequência de bases no DNA se produz o RNA mensageiro, e tradução, em que a informação contida no RNA; é traduzida na proteína. Alterações na expressão gênica estão envolvidas no desenvolvimento das diferentes DCNT (3).Nutrientes e CBAs apresentam diferentes alvos moleculares e podem apresentar ações benéficas ou deletérias, dependendo de quais genes têm a expressão alterada. Ações diretas em nível transcricional foram descritas para nutrientes como ácidos graxos e vitaminas A e D. Nesse caso, têm papel importante proteínas denominadas fatores de transcrição que servem para ligar ou desligar genes. Mais especificamente, sua associação a promotores gênicos - regiões no DNA que funcionam como “interruptores”- resulta na indução ou repressão da transcrição. Assim, por exemplo, a ligação de ácidos graxos a fatores de transcrição do tipo PPAR (receptor ativado por proliferadores de peroxissomas) resulta na expressão de genes relacionados ao metabolismo de lipídeos. Compostos fenólicos como o resveratrol (vinho tinto) são capazes de apresentar ações transcricionais indiretas, afetando vias de sinalização celular, com a do fator nuclear kappa B (NF-κB)(4).
A partir do Projeto Genoma Humano, constatou-se que, apesar de apresentarem fenótipos bastante distintos, humanos apresentam identidade de 99,9% entre seus genomas. Assim, a diferença de 0,1% na sequência genética está relacionada não apenas a características como peso, altura e cor do cabelo, mas também a necessidades de nutrientes, resposta à alimentação e risco para DCNT. A principal forma de variação genética é representada pelos polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs, pronunciam-se “snips”). Esses consistem em substituições de uma base por outra no DNA. Muitas vezes, isso resulta em alteração na proteína codificada. Exemplos interessantes são encontrados no gene que codifica para a enzima metilenotetrahidrofolato redutase, relacionado ao metabolismo do ácido fólico. Indivíduos com SNPs, que resultam em enzima com menor atividade enzimática, parecem necessitar de maior consumo do nutriente para reduzir os níveis de homocisteína(1,4,5).
A Nutrigenômica baseia-se nos seguintes princípios(4):
Dietas inadequadas em determinados indivíduos e em determinadas situações representam fatores de risco para DCNT;
Nutrientes e compostos bioativos normalmente presentes nos alimentos alteram a expressão gênica e/ou estrutura do genoma;
A influência da dieta na saúde depende da estrutura genética do indivíduo;
Determinados genes e suas variantes comuns são regulados pela dieta e podem participar de DCNT;
Intervenções dietéticas baseadas na necessidade e estado nutricional, bem como no genótipo, podem ser utilizadas para desenvolver uma nutrição personalizada que otimize a saúde e previna ou mitigue DCNT.
Uma aplicação promissora da Nutrigenômica refere-se à modulação da inflamação, que tem papel importante na obesidade(6).
Inflamação e Obesidade
A obesidade promove quadro inflamatório crônico de baixo grau. Um dos fatos que exemplificam esta constatação é a correlação positiva entre a massa de tecido adiposo e a expressão do gene que codifica para a citocina pró-inflamatória denominada fator de necrose tumoral (TNF-α). A ligação entre obesidade e inflamação também tem sido demonstrada pelo aumento da concentração plasmática de diversos marcadores inflamatórios, como a proteína C reativa, a interleucina (IL)-6, a proteína quimiotática para monócitos (MCP)-1 e a resistina, entre outras, ao mesmo tempo em que há redução da síntese de proteínas com ação anti-inflamatória, como a adiponectina. Concomitantemente ao ganho de gordura corporal, verifica-se aumento da infiltração de macrófagos no tecido adiposo, os quais sintetizam uma variedade de proteínas pró-inflamatórias, incluindo o TNF-α e a IL-6(7-9).
Cabe destacar que a inflamação crônica, induzida pelo excesso de gordura corporal, particularmente a obesidade visceral, é um dos fatores desencadeantes da resistência periférica à ação da insulina — que precede o diabetes tipo 2, bem como a Síndrome Metabólica. A ocorrência da resistência periférica à ação da insulina está relacionada, em parte, ao aumento da síntese de citocinas pró-inflamatórias, como o TNF-α e a IL-6, uma vez que essas citocinas influenciam a via de sinalização da insulina. No que concerne ao papel do TNF-α na etiologia da resistência periférica à insulina, verifica-se que esta citocina inibe a fosforilação da tirosina presente na proteína, denominada substrato do receptor de insulina (IRS)-1. Outros mecanismos de inibição da fosforilação do IRS-1 por mediadores inflamatórios incluem a ativação crônica das proteínas denominadas Jun N-terminal quinase (JNK), proteína quinase C (PKC) e quinase inibidora do IKB (IKK)(10, 11).
Nutrigenômica e Inflamação
Dentre os mecanismos moleculares envolvidos na ativação da resposta inflamatória induzida pela obesidade, destaca-se a via de sinalização do NF-κB, que controla a expressão de diversos genes envolvidos na resposta inflamatória, como aqueles que codificam para as citocinas TNF-α e IL-6, as enzimas ciclooxigenase (COX), lipoxigenase (LOX) e óxido nítrico sintase induzível (iNOS) e as moléculas de adesão denominadas molécula-1 de adesão intercelular (ICAM-1) e molécula-1 de adesão celular vascular (VCAM-1). O NF-κB está geralmente presente no citosol associado com a sua proteína inibitória (IKB-α). A estimulação da célula por meio de espécies reativas de oxigênio, de citocinas (TNF-α, IL-1) ou de ácidos graxos saturados promove a fosforilação do IKB-α por uma quinase denominada IKK. Posteriormente, o IKB-α é degradado, o que permite que o NF-κB possa translocar para o núcleo e ativar o processo de transcrição de diversos genes relacionados à inflamação(12).
Diferentes alimentos contêm compostos bioativos com ação anti-inflamatória, sendo parte desse efeito devida à modulação da via de sinalização do NF-κB. Dentre os CBAs envolvidos nessa modulação, incluem-se o ácido caféico (erva-mate), a quercetina (frutas e hortaliças), o tirosol (azeite de oliva extra virgem) e o licopeno (tomate, goiaba, melancia), que inibem a expressão de genes como COX-2 e iNOS pela redução da translocação do NF-κB do citoplasma para o núcleo. Ações similares foram descritas para o ácido elágico (abacate, morango), resveratrol (vinho tinto), indol-3-carbinol (cebola e repolho) e o gingerol (gengibre)(13).
Dentre os CBAs com ação mais potente na redução da inflamação, destaca-se a curcumina (cúrcuma), que bloqueia a ativação da IKK e reduz tanto a fosforilação e a degradação do IKB-α quanto a translocação do NF-κB do citoplasma para o núcleo. Compostos bioativos presentes no chá verde — epigalocatequina-3-galato, epicatequina e catequina — também inibem a consequentemente, a degradação do IKB-α(14).
Os lipídios da dieta também exercem efeito relevante na modulação da resposta inflamatória. Ácidos graxos saturados ativam a via de sinalização do NF-κB, enquanto os poliinsaturados da série ômega-3, eicosapentaenóico (EPA) e docosaexaenóico (DHA), presentes em quantidades significativas em peixes e óleos de peixe, apresentam efeito oposto, ou seja, inibem a atividade do fator de transcrição NF-κB, o que indica que este seja um dos potenciais mecanismos de ação que expliquem seu efeito anti-inflamatório. Os ácidos graxos EPA e DHA podem também reduzir a resposta inflamatória por meio da ativação de receptores nucleares PPAR, os quais têm ação anti-inflamatória, uma vez que reduzem a ligação do NF-κB à região promotora de genes envolvidos na inflamação(1).
A resposta inflamatória pode ser modulada por SNPs, em especial quando estes polimorfismos se encontram na região promotora de genes com ação pró-inflamatória. Por exemplo, a presença de SNPs, na região promotora do gene que codifica para o TNF-α, promove o aumento da taxa de transcrição dessa citocina pró-inflamatória. A ocorrência desta variação genética favorece a resistência periférica à insulina, uma vez que o aumento da concentração sanguínea do TNF-α prejudica a sinalização intracelular da insulina. A suplementação com óleo de peixe para indivíduos saudáveis, que apresentam SNP na região promotora do gene para TNF-α, promove maior redução de sua expressão a partir de células mononucleares do sangue periférico em comparação àqueles sem a variação genética(15).
Perspectivas Futuras 
Uma alimentação personalizada, baseada no DNA, representa alternativa promissora para estabelecimento de recomendações nutricionais mais direcionadas e efetivas para promoção da saúde. Para que isso se torne realidade é necessário que diferentes desafios sejam superados. Exemplos incluem elucidar o impacto na saúde de milhões de SNPs distribuídos nos cerca de 25.000 genes do genoma humano, bem como caracterizar a ação molecular de nutrientes e CBAs. Para tanto, pesquisas nutrigenômicas deverão ter enfoque integrado e multidisciplinar, que leve em conta aspectos que vão dos genes à saúde pública(16).

Fonte e referências bibliográficas poderão ser encontradas no site: http://www.abeso.org.br/pagina/256/nutrigenomica.shtml.